quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Um quê de Amélie

Na escolinha,

pintava, fora da margem e

do mais consciente azul, a maçã.

Trouxe flores pro primeiro namorado.

O tom de voz era um levantar de sobrancelhas.

Tinha um chapéu pra cada humor. E nenhum preto.

Ele a viu e, ali na esquina, à beira da poça, súbito soube:

Que poderia ter se apaixonado por ela um dia e outro e todos -


Mas tinha alma de síndico.


3 comentários:

  1. Que lindo Livs, não sabia que essa sua veia de poeta era tão forte! Vou ficar querendo mais!
    Que pena que tenha postado agora que o Blog anda tão parado....

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  2. Poetas são seres superiores - por isso às vezes não entendo muito bem o que eles dizem.
    Amélie é para os românticos - se é que a gente tá falando da mesma pessoa. Libson revelando uma faceta até então desconhecida por mim.
    No próximo sarau que tiver a gente bebe uns discos voadores antes; quem sabe assim você toma coragem. Orgulho. ;**

    Emano, não se preocupe: textos polêmicos virão.

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  3. Já lhes disse, mas repito em prol de visitantes inexistentes, que postei justamente como protesto ao marasmo do blog. Oremos: "quenãosejafogodepalha, quenãosejafogodepalha" antes de dormir!

    E obrigada, chicolicos, mesmo que vcs digam não ter entendido: é que é ruim mesmo. ;)

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