Texto escrito há 15 dias, mas só agora revisado =D
“O teatro não é o lugar em que fingimos ser outrem ou colocamos máscaras, mas aquele em que nos descobrimos e todos os disfarces caem”.
Passei algum tempo pensando sobre o que devia escrever no blog: matérias mais específicas de RI, cultura, reportagens, qualquer tema ou nenhum. O maior problema, depois da falta de prioridade quanto ao blog, era o receio de escrever. Nunca fui exímio com a caneta; acredito que minha comunicação corporal, apesar de tão acanhada e débil neste primeiro semestre, seja a melhor forma de me expressar.
Quero juntamente registrar aqui que me parece uma ótima idéia a criação de um blog e que minha escrita possui dois fatos estranhos(?): 1- utilizo fontes MUITO diversas e não me importo se estou citando Aristóteles e Morgenthau ou Marco Luque, Batman e Naruto porque, em suma, o que vem de mais novo na produção ocidental e oriental recicla pensamentos e mesmo textos antigos; 2- não escreverei, de primeira, um texto com temas políticos ou extremamente sérios que passaram por minha cabeça, tais quais a catástrofe nordestina, as ondas de suicídio global, o aumento da receita previdenciária ou o acordo sino-taiwanês. Falarei sobre o Teatro, tentando imprimir uma curiosidade e, quem sabe, desejo de participar/assistir teatro por parte dos leitores, pois a falta de público é imensa no Brasil. Abramos as cortinas!
A Arte de Viver
O teatro que hoje representa tanto o local físico da representação cênica quanto esta própria, é uma fonte de conhecimentos interminável para os espectadores, atores, diretores e técnicos envolvidos em seu desenvolvimento. Meu foco aqui será a arte dramática que não apresenta uma única definição absoluta e correta, sendo interessante aquela enunciada por Stanislavski: é a capacidade de representar a vida do espírito humano, em público e de forma artística.
Começo pela face não exata ou paradigmática das qualidades teatrais, eixo essencialmente mais interessante e complexo. A abertura mental a novos universos, idéias, dimensões e sentimentos propiciada pelo teatro é simplesmente esplêndida. Não consigo pensar em nenhum outro meio que conjugue com tal perfeição a leitura, a discussão e a imaginação junto ao uso da melhor ferramenta que nós possuímos: o corpo. A prática teatral possibilita um tal entendimento de si, uma paz e euforia conjuntas e uma felicidade por estar vivo a qual pode dar sentido novo a vida ou criar um para ela.
Além disso, acredito que a diversão e a aprendizagem atingem seu apogeu nas artes cênicas. E não falo aqui só do puro gozo do riso, mas a diversão como resultado de realização pessoal e a aprendizagem constituída por descoberta e criação de conhecimento, expandindo nossos limites.
Há ainda o desenvolvimento do próprio olhar teatral como espectador, que passa pela identificação com o outro e expansão de nossos focos, que iniciam em si mesmo e se expandem para os colegas, para o palco e, enfim, para o público, criando momentos sublimes. Ademais, acho fabuloso a ligação prática de conceitos histórico-geográficos, psicologia e outras áreas do conhecimento na construção de algo maior, sendo que de nossas mãos e mente surge um outro ser, a Persona, e por fim, o espetáculo.
Pelo eixo mais pragmático de aprendizagem, observamos no teatro o contato e aperfeiçoamento de diversas capacidades muito valorizadas atualmente, como: a visão crítica da realidade e tentativa de apresentar resoluções para nossos problemas; o trabalho em grupo; a organização e planejamento de ações individuais e conjuntas e também a agilidade ao lidar com situações improváveis, ou seja, improvisar; memorização de termos chaves e técnicas de leitura rápida; manter a calma ao falar em público, através da identificação com a platéia e manejo da mesma; por fim, a postura e linguagem corpóreas permitem imposição de si mesmo, sendo possível projetar sensações aos outros, como pressa e angústia, perto ao desespero, ou calma e tranquilidade, próximas à paz.
Através desta caracterização pessoal e positiva do fato de viver o teatro, tento fazer um tributo à arte cênica em questão. É necessário apresentar aqui um problema que me incitou a tal ato, que é o déficit enorme de atenção social à essa arte de potencial imenso para construção de uma sociedade melhor. Acredito que não seja só pela desigualdade social e preço das peças que haja pouca demanda, até porque há vários espetáculos gratuitos ou de baixo custo em São Paulo; mas pelo fato de não haver uma cultura teatral no Brasil, que precisa ser incitada, mesmo que através de iniciativas pequenas, como esta.
Dica de site para achar apresentações de baixo custo e gratuitas: http://catracalivre.folha.uol.com.br/
“O teatro não é o lugar em que fingimos ser outrem ou colocamos máscaras, mas aquele em que nos descobrimos e todos os disfarces caem”.
Passei algum tempo pensando sobre o que devia escrever no blog: matérias mais específicas de RI, cultura, reportagens, qualquer tema ou nenhum. O maior problema, depois da falta de prioridade quanto ao blog, era o receio de escrever. Nunca fui exímio com a caneta; acredito que minha comunicação corporal, apesar de tão acanhada e débil neste primeiro semestre, seja a melhor forma de me expressar.
Quero juntamente registrar aqui que me parece uma ótima idéia a criação de um blog e que minha escrita possui dois fatos estranhos(?): 1- utilizo fontes MUITO diversas e não me importo se estou citando Aristóteles e Morgenthau ou Marco Luque, Batman e Naruto porque, em suma, o que vem de mais novo na produção ocidental e oriental recicla pensamentos e mesmo textos antigos; 2- não escreverei, de primeira, um texto com temas políticos ou extremamente sérios que passaram por minha cabeça, tais quais a catástrofe nordestina, as ondas de suicídio global, o aumento da receita previdenciária ou o acordo sino-taiwanês. Falarei sobre o Teatro, tentando imprimir uma curiosidade e, quem sabe, desejo de participar/assistir teatro por parte dos leitores, pois a falta de público é imensa no Brasil. Abramos as cortinas!
A Arte de Viver
O teatro que hoje representa tanto o local físico da representação cênica quanto esta própria, é uma fonte de conhecimentos interminável para os espectadores, atores, diretores e técnicos envolvidos em seu desenvolvimento. Meu foco aqui será a arte dramática que não apresenta uma única definição absoluta e correta, sendo interessante aquela enunciada por Stanislavski: é a capacidade de representar a vida do espírito humano, em público e de forma artística.
Começo pela face não exata ou paradigmática das qualidades teatrais, eixo essencialmente mais interessante e complexo. A abertura mental a novos universos, idéias, dimensões e sentimentos propiciada pelo teatro é simplesmente esplêndida. Não consigo pensar em nenhum outro meio que conjugue com tal perfeição a leitura, a discussão e a imaginação junto ao uso da melhor ferramenta que nós possuímos: o corpo. A prática teatral possibilita um tal entendimento de si, uma paz e euforia conjuntas e uma felicidade por estar vivo a qual pode dar sentido novo a vida ou criar um para ela.
Além disso, acredito que a diversão e a aprendizagem atingem seu apogeu nas artes cênicas. E não falo aqui só do puro gozo do riso, mas a diversão como resultado de realização pessoal e a aprendizagem constituída por descoberta e criação de conhecimento, expandindo nossos limites.
Há ainda o desenvolvimento do próprio olhar teatral como espectador, que passa pela identificação com o outro e expansão de nossos focos, que iniciam em si mesmo e se expandem para os colegas, para o palco e, enfim, para o público, criando momentos sublimes. Ademais, acho fabuloso a ligação prática de conceitos histórico-geográficos, psicologia e outras áreas do conhecimento na construção de algo maior, sendo que de nossas mãos e mente surge um outro ser, a Persona, e por fim, o espetáculo.
Pelo eixo mais pragmático de aprendizagem, observamos no teatro o contato e aperfeiçoamento de diversas capacidades muito valorizadas atualmente, como: a visão crítica da realidade e tentativa de apresentar resoluções para nossos problemas; o trabalho em grupo; a organização e planejamento de ações individuais e conjuntas e também a agilidade ao lidar com situações improváveis, ou seja, improvisar; memorização de termos chaves e técnicas de leitura rápida; manter a calma ao falar em público, através da identificação com a platéia e manejo da mesma; por fim, a postura e linguagem corpóreas permitem imposição de si mesmo, sendo possível projetar sensações aos outros, como pressa e angústia, perto ao desespero, ou calma e tranquilidade, próximas à paz.
Através desta caracterização pessoal e positiva do fato de viver o teatro, tento fazer um tributo à arte cênica em questão. É necessário apresentar aqui um problema que me incitou a tal ato, que é o déficit enorme de atenção social à essa arte de potencial imenso para construção de uma sociedade melhor. Acredito que não seja só pela desigualdade social e preço das peças que haja pouca demanda, até porque há vários espetáculos gratuitos ou de baixo custo em São Paulo; mas pelo fato de não haver uma cultura teatral no Brasil, que precisa ser incitada, mesmo que através de iniciativas pequenas, como esta.
Dica de site para achar apresentações de baixo custo e gratuitas: http://catracalivre.folha.uol.com.br/
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