Eu vivo entre poeira
Já tentei de tudo
E não há nada que eu faça
Que a tire de mim
Eu limpo
E ela continua por lá
Quando tudo parece impecável
Nos próximos dias já está tudo empoeirado de novo
E eu vivo assim
Um ciclo
Poeira
Não-poeira
Poeira
Não-poeira
Já é hora de me acostumar
Que a vida é empoeirada
Suja
Imperfeita
E não há nada mais que eu possa fazer
Assim eu fico
Também
Sem peso na consciência
Um ser empoeirado
E sujo
Como eu deveria ser
Como eu sou
Apesar de todos não parecerem ser
Mas tudo é
E sempre será
Empoeirado
(Em homenagem ao seu poema)
ResponderExcluirPó
Vivo
Entreolhares
Que não se enxergam
Corpos que se tocam,
Mas não se sentem.
Santo Deus!
O que há com essa gente?!
Tão frígida,
Tão nítida
Tão típica.
Onde foi parar aquele bom dia?
Acho que se perdeu
Na prateleira da poesia
Que ironia.
Só mesmo o auto-ajuda
Ou a biografia de alguém que nada fez.
E agora só me resta é tirar a poeira
Dos meus cadernos,
Da minha caneta
E de meus pensamentos,
Pois prefiro ser um poeta do passado
A ser o idiota do momento.