Há, em nossa sociedade, uma ideia muito comum, segundo a qual os altos índices de criminalidade atuais devem-se à baixa religiosidade da população em geral. Corrobora com essa ideia, a tese de Ivan Karamazov, personagem de Dostoiévski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”. Sartre, um dos grandes pensadores do século XX, também já recorreu à ideia para fundamentar um de seus principais conceitos (óbvio que existem uma série de outras ideias e preceitos envolvidos nessa fundamentação); o de que estaríamos condenados à liberdade. A tese de Karamazov, entretanto, é facilmente refutável, assim como o senso comum. Recorrerei, para isso, a argumentos já utilizados em texto por Antônio Cícero.
Comecemos por um simples experimento de pensamento. Suponha que Deus apareça para você e lhe ordene que mate seu pai (ou mãe, ou filho, não importa). Sua primeira reação, como a minha, seria a de duvidar do que estaria acontecendo. E isso por duas razões: primeiro, porque Deus não costuma aparecer para nós, pelo menos não atualmente; segundo, e mais importante, porque Deus, fonte de todo o bem, estaria lhe ordenando para fazer uma coisa má. Algo, sem dúvidas ou receios, errado. Pensaria, portanto, ser aquilo um delírio, ou tratar-se de um impostor- talvez o Diabo. Não acreditaria, enfim.
Suponhamos, então, que por uma razão inconcebível, você tivesse certeza que era Deus. De uma maneira inexplicável, você soubesse que Ele estava ali. Creio que, assim como eu, você, leitor, ainda assim não mataria seu pai (ou mãe, ou filho). Digo mais: não mataria sequer um estranho. Por quê? Porque seria errado. E não o seria devido aos mandamentos que o próprio Deus decretara, uma vez que, ao lhe ordenar tal atrocidade, Ele mesmo os estaria revogando. Seria errado, pois, independente de qualquer mandamento, matar uma pessoa é errado. Assim, mesmo que Deus não exista, é errado matar uma pessoa. O primeiro passo foi então dado: nem tudo é permitido, ainda que Deus não exista. Tal passo, além de fundamental para quebrar a tese de Karamazov, também contraria uma das ideias principais de Sartre. O filósofo, ao propor que nossa grande tragédia seria o fato de Deus não existir, supunha ser tudo permitido. Estaríamos, portanto, condenados à liberdade e teríamos de responsabilizar-nos por todos os nossos atos. De fato, a ideia da “estarmos condenados a ser livres” está já desfeita.
Muitos, nesse ponto, com certeza lembraram-se da Bíblia (Gn,22): Abraão, após ter recebido ordem de Deus, pega a faca para sacrificar seu filho primogênito, quando é impedido por um anjo, enviado por Deus. Óbvio que, como sabemos, tal passagem retrata um teste pelo qual Abraão teria de passar para provar sua fé em Deus. Do ponto de vista estritamente ético, entretanto, não se justificaria a prontidão de Abraão. A fé- superior à ética, por constituir uma relação individual e absoluta com Deus- justifica a atitude de Abraão. Fica claro, assim, que graças à religião, a esfera da ética é relativizada pela da fé.
Chegamos, agora, ao segundo passo: a tese de Karamazov deve, na verdade, ser invertida. De fato, não só não é verdade que, se Deus não existe, tudo é permitido- já que nosso experimento mostrou que não é permitido matar-, mas, ao contrário, é se Deus existir que tudo se torna permitido.
Longe de ser o fundamento da ética, a fé em Deus é a condição de relativizar e, no limite, negar a ética. Isso lembra as palavras do físico norte-americano Steven Weinberg, detentor do Prêmio Nobel de Física: “Com ou sem religião, as pessoas bem-intencionadas farão o bem e as pessoas mal-intencionadas farão o mal; mas, para que as pessoas bem-intencionadas façam o mal, é preciso religião.”.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
A tese de Ivan Karamazov
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Apologia ao ateísmo o seu texto? Não; jamais...!
ResponderExcluirFilosofia não é pra mim, admito, mas vou dar o meu pitaco. Se eu falar alguma besteira me corrijam.
Quando Nietzche disse "Deus está morto" - acredito que Sartre veio a corroborar essa idéia posteriormente (?) -, ele quis dizer que a religião passa a deter um papel de menor relevância ou quase nenhuma na nossa conduta; dissemina-se uma descrença generalizada em valores morais, decorrente do enfraquecimento do nosso lado espiritual, em favor da sociedade do efêmero produzida pelo capitalismo e da crença na ciência como ente superior. Alguém me corrige se eu estiver errado: Nietzche é da mesma corrente de pensamento de Sartre, não é?
Acho que você levou um pouco ao pé da letra demais esse "tudo é permitido". Acredito que seria no sentido de: se Deus não existe, o diabo também não; logo não vou para o inferno se levar uma vida de sexo, drogas e rock'n'roll.
Mas acho que essa idéia tá meio fora de moda entre as correntes filosóficas da "pós-modernidade", não tá? Eu acredito que a religião tem sim um papel importante, apesar de eu não ser religioso e não ter uma religião para chamar de minha. Acho que já não existe mais a ilusão de que pela ciência/razão nós obtemos respostas para todas as nossas angústias, as quais de certa forma são atenuadas pela religião.
Melhor parar, senão falo mais besteira.
Abraços
Interessante a ideia de inverter o raciocínio. "Se Deus existe, tudo é permitido" é uma boa maneira de enunciar um problema que reaparece no mundo: o do fanatismo religioso, que justifica a matança de não só filhos, mas irmãos.
ResponderExcluirNão que eu creia que todo religioso é fanático, ou que a religião seja um erro. Mas acredito que não há nada que impeça que a religião (tal como, por vezes, a ciência e as artes) possa ser vetor de más intenções.
Talvez o problema aconteça quando a religião retira das pessoas a criticidade. Para mim, é aí que entra Sartre, mas interpreto-o de maneira diferente da de meu colega.
O que Sartre quis dizer com estarmos condenados à liberdade é que não há determinismo em nossos comportamentos. Não é "Deus", ou outra coisa qualquer, que controla nossas vidas, mas sim nós mesmos. Na medida em que somos fadadso ao livre arbítrio, também passamos a ser responsáveis por nossos atos. É uma liberdade atrelada à responsabilidade.
Há quem use a religião para se eximir da responsabilidade, porque esta traz consigo a desconfortável angústia. Daí a opção de Sartre pelo ateísmo.
A religião, embora trate de assuntos divinos, foi criada e é mantida pelos humanos. Pode mobilizar a força interior de seres inesquecíveis como Gandhi e Madre Teresa, e ao mesmo tempo ser usada como justificativa para a intolerância por grupos como o Hamas. Culpar a religião ou a religiosidade das pessoas por tragédias que estas cometem em nome da fé é o mesmo que responsabilizar um automóvel pelo acidente que seu condutor embriagado provocou.
ResponderExcluirIronicamente, alguns religiosos acabam se apegando mais aos dogmas e aos rituais de uma religião do que ao sentimento de fé propriamente dito. Isso colabora para alimentar o senso-comum, bastante compreensível, de que fé e razão são incapazes de caminharem juntas. Por entrar em conflito com a razão, a "fé" acabou sendo abandonada por muitos. O que se chama de fé, neste caso, são as verdades prontas e as obrigações impostas. A fé verdadeira, inabalável, é aquela capaz de encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade.
"Acreditar" é em coelhinho da páscoa, papai noel ou saci. Fé mesmo, creio, é oriunda da compreensão. Quando se analisa a vida e se chega à certeza de que não estaríamos aqui simplesmente por acaso.
bons ventos,
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirmas uma pessoa embriagada sem o automóvel não provocaria o acidente. não acho.. bom agir como se todas as boas ações feitas na vida têm como objetivo garantir um lugar no paraíso, e não simplesmente porque era o certo a fazer. mas quanto a questão do tudo é permitido.. se deus existe, 'ele me perdoa', e tudo continua sendo permitido. infelizmente muitas pessoas pensam assim, 'eu rezo uns 15 pai nosso e 30 ave maria e tô perdoado'. de qualquer forma tudo é permitido, depende mais da própria consciência do que de qualquer ser divino.
ResponderExcluirPuxa, a ideia do blog de confrontar as mais diversas opiniões pegou mesmo e com alto nível!
ResponderExcluirE eu compartilho com as opiniões do Raul. Se não me engano você é kardecista né?
O experimento intelectual é fascinante,mas penso agora num caso concreto como da Índia.Lá a religião serve tanto para fortalecer o pensamento desenvolvido por esse texto, como para pensar a religião como um freio.
ResponderExcluirSe ocorrem lutas e inúmeras mortes por enfrentamentos entre a maioria hindu e as minorias religiosas, também é fato que nas cidades há um nível de violência extremamente baixo perante as nossas cidades,e isso porque a religião tem um peso muito grande.Não se pode apelar no caso da Índia para nenhuma explicação sem ser a religiosa,na minha opinião, porque os índices de pobreza são enormes ainda, o Estado não é brutalmente repressor, nem a educação básica é ideal.Nós não podemos pensar também que os indianos têm algum tipo de herança genética pacífica, porque não faria nenhum sentido.
Bom, eu sou ateu, depois de ler Nietzsche passei a ter um certo ódio pelas religiões. Mas entendo que elas sempre estiverem presente na sociedade e é algo estritamente humano, apesar de eu não corroborar com a existência de seres supremos dotados de capacidade sobre-humanas, até o dia em que um deles aparecer para mim (eu estaria louco provavelmente ou muito afetado por químicos). Mas acho as religiões algo até bonito se formos analisar do aspecto cultural, podem-se tirar várias lições e sabedorias das mesmas, como eu mesmo faço do taoísmo, mesmo sendo ateu.
ResponderExcluirMas, acho, que independentemente da existência da religião ou não, as pessoas tomam atitudes e arcam com as consequências, tendo um deus ou não.
Um ateu, como eu, não irá ser um hedonista simplesmente pelo fato de deus não existir, só porque temos a liberdade de fazer o que quisermos da forma que quisermos não iremos sair matando todo mundo ou se drogando, pois mesmo não existindo um deus, existe uma moral, uma ética e um imperativo categórico, coisas do tipo, saberemos das consequências de nossos atos, existe um direito que julga nossas atitudes, seja ele qual for.
Não Roger, Nietzsche não é da mesma escola do Sartre, o último era existencialista.
Mas admito, ser ateu é tão difícil quanto ser religioso. Eu já fui religioso, já estudei em escolas católicas e tal. Mas admito, não é fácil você saber que a vida é algo tão sem sentido, você vive porque o acaso fez a vida surgir e no final a vida não é nada de especial, preciso ler Sartre e Camus...
Mas ser religioso faz você, alienadamente, achar que existe uma vida pós a morte e que você poderá viver em um outro mundo melhor... E isso traz um conforto para as pessoas...
Para o ateu, "the end is all I can see"... e já era...
Esse blog tá show de bola!
ResponderExcluirMuitas opiniões e idéias rolando :)
"Mas, acho, que independentemente da existência da religião ou não, as pessoas tomam atitudes e arcam com as consequências, tendo um deus ou não."
Realmente. Não faltam exemplos de pessoas sem religião que são extremamente conscientes e, também, outras, como a Flávia mencionou, que acham que tudo é permitido: é só "pagar" 15 ou 20 ave-marias depois.
"mas uma pessoa embriagada sem o automóvel não provocaria o acidente."
Poderíamos então promulgar uma lei proibindo os automóveis, já que eles causam tanta desgraça. Além disso, já que tanta gente morre de afogamento, poderíamos proibir também a água.
Tudo bem, proibir é um exagero. Talvez ninguém chegasse ao ponto de propor "proibir as religiões", mas existem aqueles que detestam as religiões e gostariam que elas nunca tivessem existido, pelo tanto de mal que já se fez em nome delas. A analogia do automóvel tem esse objetivo: observar que a humanidade é capaz de transformar quase tudo em problema. A política causa estragos, o dinheiro causa, uma paixão pode acabar em morte... até o futebol!
"Mas ser religioso faz você, [b]alienadamente[/b], achar que existe uma vida pós a morte e que você poderá viver em um outro mundo melhor..."
Lucas, falando assim, com tanta certeza, parece que você já morreu e viu como é do lado de lá, e agora voltou para contar. Parece-me que ser ateu é ser tão "religioso" como ser católico, budista ou evangélico. A diferença é que eles crêem no céu ou no inferno que nunca viram, e você crê no nada que também nunca viu.
Na minha opinião, [i]isenção religiosa[/i] é o caso do Roger, que disse que "a religião tem sim um papel importante, apesar de eu não ser religioso e não ter uma religião para chamar de minha". É a dúvida, a incerteza pura e simples.
bons ventos,
A sim Raul, concordo contigo, o ateísmo também é uma crença. Como uma religião, ninguém vira ateu de um dia para o outro. Demora-se um tempo. É você se desprender das crenças religiosas para se apegar totalmente a uma filosofia terrena, do existente, do paupável. Você troca uma crença por outra. Porém, na minha opinião, essa crença na ciência e no racional é mais confiável, no entanto, também tem seus lados negativos. Como eu já disse acima. A crença na ciência é limitada ao que se vê, ao que se prova, e deixa muitas lacunas em branco que a religião responde, o ateu é por um lado, um infeliz também. Porque tais perguntas em branco que a ciência não explica o chateiam, o deprimem e o faz se perguntar sozinho sem jamais obter respostas, o que pode ocorrer, e ele procuraram tais respostas em filosofias...
ResponderExcluirPerguntas como: qual é o sentido da vida?
porque existimos?
qual é o sentido de eu fazer tudo que eu faço?
para quê eu existo?
qual é o sentido disso ou daquilo?
Tais perguntas, mesmo pra quem é religiosa já é dificílimo de responder, imagina para um ateu!
"Perguntas como: qual é o sentido da vida?
ResponderExcluirporque existimos?
qual é o sentido de eu fazer tudo que eu faço?
para quê eu existo?
qual é o sentido disso ou daquilo?"
São mesmo angustiantes. A ciência não tem meios empíricos de oferecer respostas, e as respostas oferecidas por algumas religiões muitas vezes não satisfazem nossa razão. Resta-nos o materialismo...
Para mim existem outras perguntas igualmente angustiantes: como é que após o Big Bang, uma explosão caótica de materiais cósmicos, toda a poeira estelar foi se reunindo e formando sistemas complexos de galáxias, compostas por milhões de sóis e seus planetas com órbitas elípticas matematicamente perfeitas? Como a vida pode surgir em meio à matéria inorgânica bruta?
E o mais inexplicável... se somos apenas um agregado de moléculas evoluído ao longo do tempo, por que somos capazes de pensar, sentir, sonhar, ter medo? É tudo molécula!!!
Para essas perguntas a ciência propõe uma resposta: tudo foi gerado pelo acaso. Mas desta vez a resposta científica é que é difícil de engolir. Não, eu não acredito na teoria criacionista... mas minha razão é que vem me dizer que efeitos inteligentes - tais como o mecanismo do universo e a vida - devem ter uma causa inteligente. Se eu jogar uma caçamba de materiais de contrução para o alto infinitas vezes, duvido que em alguma delas o material vai cair exatamente ordenado de modo a montar uma casa. Isso é que me deixa com uma pulga atrás da orelha e me faz cético quanto ao "acaso"...
São perguntas. O que você disse é totalmente coerente, Lucas. As respostas são como sapatos: não é porque serviram no pé de alguns, que necessariamente vão servir no pé de todo mundo. :)
bons ventos,
Caros,
ResponderExcluirQuero reiterar aqui, que não faço apologia ao ateísmo, muito menos condeno religiões. Acho apenas que, como já disse um grande amigo, toda crença cega é burra. Não defendo que não existam mais religiões, mas os que acreditam, que acreditem com um olhar crítico.
Quanto à criação, não acho que seja mais plausível a ideia de um Deus que tenha criado tudo, do que o acaso. Afinal, da onde surgiria Deus? Tais perguntas não levam a lugar algum. Vamos nos preocupar com o que temos aqui e agora, com o que é palpável e tem solução. Claro que na situação em que um motorista embriagado que mata alguém o último culpado será o carro. Por isso, a proibição não foi para o carro, mas sim para a direção sob efeito do álcool (lei seca). Da mesma forma, acho que é preciso, antes de combater as religiões, combater a crença cega.
acho que o caso da índia é diferente.. por causa do carma eles acreditam que nasceram pobres e não há nada que eles possam fazer, não é roubando que eles vão melhorar de vida. aliás, se depender da religião, eles nunca vão melhorar de vida, vão continuar sendo intocáveis seres inferiores. e qualquer ligação com a pobreza não deve ser mera coincidência.
ResponderExcluireu acho que quando a 'religião surgiu' e as pessoas viviam em condições muito ruins, ter o conforto de viver no paraíso pela eternidade se fossem boas durante a vida fazia muito mais sentido do que agora. 'se a vida não vale a pena, lutemos pela vida após a morte'. e quem estava no controle se aproveitava disso e mantinha as pessoas sob controle. tipo, não acho que uma 'vida' deva durar pra sempre, uma hora você se cansa, acho que seria mais um castigo do que qualquer outra coisa ter que viver pela eternidade. por isso que a natureza é tão perfeita, e acho que é dela que a gente não tem que duvidar. pra mim é muito crível que, ao acaso, surgiu a vida. olha só o céu. olha quantas estrelas, e imagina o tanto de planetas que tem por aí. não é um número imaginável o tanto de possibilidades para que a vida tenha surgido, que um número também incrível de fatores acabou se juntando e formando a vida.
outro problema que eu vejo na religião é o modo como é 'ensinada'. eu não virei atéia. meus pais simplesmente não me meteram em nada. eles também são ateus, por isso ensinamentos religiosos nunca foi muito presentes na minha vida. mas também não criticavam a religião, se eu tivesse escolhido ir pra igreja da minha vizinha, beleza.. até quando eu era pequena e não entendia direito e as pessoas perguntavam qual minha religião, minha mãe até falava pra falar que eu era católica se não iam me achar esquisita... enfim. minhas amigas faziam catequese juntas, e iam em 'aulinhas' de religião, que eu já fui também, já fui na missa, já estudei em colégio católico, mas isso nunca me fez pensar que eu tinha de acreditar naquilo. o richard dawkins até diz uma coisa mais ou menos "dizer que uma criança nasceu católica é a mesma coisa que dizer que ela nasceu liberalista". tipo, você não sabe o que é religião quando você nasce, mas é simplesmente compelido a aceitá-la, e acaba interiorizando essa teoria como parte de uma verdade incontestável. tudo bem, a pessoa pode até dizer que realmente pensou nisso e foi isso o que escolheu, mas acho muito improvável que o sujeito não tenha tido nada nada de influências..
eu acho que a vida é a vida, a mesma a minha, a sua, e a da minhoca. só porque temos um telencéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor não significa que nossa vida seja essencialente diferente da delas.
Não acredito que a vida tenha surgido por um acaso, mas prefiro expressar melhor minhas ideias quanto a isso em um texto a parte. Recomendo a leitura de Richard Dawkins, citado pela Flávia, para aqueles que querem entender mais sobre alguns aspectos da religião.
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